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Teckeste Kiflemariam

Estamos entusiasmados com o facto do nosso Amigo do Mês de Julho ser da Eritreia, cuja população de elefantes é uma das menos conhecidas na África. Teckeste Kiflemariam é o Chefe do Sector Florestas e Vida Selvagem na região de Gash Barka, cerca de 200 km a oeste de Asmara, onde trabalha há mais de 25 anos na conservação dos únicos elefantes da Eritreia.


Teckeste (à direita) com Futsum Hagos, Director de Conservação da Vida Selvagem da Eritreia (à esquerda) no Rio Setit.

Como envolveu com a conservação?

Estudei na Universidade de Wondo Genet Forestry, na Etiópia, e gostei do curso sobre conservação da vida selvagem. Isso teve uma grande influência sobre mim.


Fora da Eritreia e da Etiópia, as pessoas sabem muito pouco sobre os elefantes de Gash Setit, então, diga-nos algo sobre os elefantes; quantos são, a sua migração anual através da fronteira, qual é o estatuto de protecção dos elefantes, se o número de elefantes é estável ou a aumentar e o que considera ser a maior ameaça à conservação dos mesmos?

Está certo ao dizer que, fora da Eritreia e da Etiópia, esses elefantes não são tão conhecidos. Nos últimos 15 anos, sempre que tivemos a oportunidade de encontrar especialistas internacionais em workshops, tentamos falar às pessoas sobre a conservação dos elefantes no nosso país. Na verdade, a migração anual dos elefantes Gash Setit não foi bem estudada. Mas a área protegida está em boas condições. Não fizemos um censo desses elefantes, mas estimamos que haja mais de 200 deles, e há sinais encorajadores de que o número está a aumentar.

As maiores ameaças à sua conservação são;

- Falta de água. O único rio permanente é o Setit (Tekeze), mas quando os elefantes estão mais ao norte, são obrigados a usar os poços dos fazendeiros para obter água, o que leva a ataques às plantações e ao conflito entre humanos e elefantes.

- Falta de consciencialização pública.

- Desmatamento.

- Doenças transmitidas pelo gado.

Com um elefante na Eritreia que morreu de causas naturais.

Hoje em dia ouvimos em toda a África, sobre o conflito entre humanos e elefantes; no vosso caso, como resolvem esse problema no Gash Setit?

Antes da demarcação da fronteira do Santuário de Elefantes de Gash Setit, o conflito entre fazendeiros e elefantes era desastroso. Porém, após o delineamento da área protegida, o conflito foi reduzido. Os nossos conflitos entre humanos e elefantes podem ser melhor resolvidos se a questão da água for resolvida; a construção de represas ou lagoas pode ser de extrema importância.


Em termos de consciencialização, como vê o caso da Eritreia no tocante a conservação da natureza? Recebem muitos visitantes de Asmara para ver os elefantes em Gash Setit?

Geralmente, os Eritreus têm um alto nível de conhecimento sobre a conservação da natureza. Mas a falta de recursos causa entraves. Não temos infraestrutura (hotéis etc), por isso não recebemos muitos visitantes.


Tem um trabalho muito interessante cuidando de uma das populações de elefantes mais singulares da África, sente-se esperançoso quanto ao futuro deles?

Levando em consideração o grande compromisso tanto do governo como do público com a conservação, estou bastante optimista em relação aos elefantes no nosso país.


Teckeste com a Equipe de Pesquisa de Elefantes da Eritreia.

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